De facto, abusa-se das palavras compostas cujo último elemento é - chave.
Este elemento de formação de palavras está correcto, quando significa aquilo que prepara, facilita, que indica, por exemplo, a compreensão de determinado assunto. Podem ser determinados pontos que é necessário saber, porque nos "abrem" a compreensão. Esses pontos são os pontos-chaves (e não -chave).
Conforme aquilo de que se fala, há os pontos-chaves, os lugares-/os números-/ as facetas-/ as datas-chaves, etc.
Este elemento chave também se emprega com a ideia de elemento importantíssimo, decisivo.
É claro que tais palavras assim formadas, quando nelas há correcção, não as devemos pôr de lado. O que não fica bem é o emprego exagerado. Mas quando os portugueses se começarem a sentir aborrecidos de tantas chaves, arranjarão outras maneiras de exprimirem, como tantas vezes acontece, e então é possível que comecemos a ler e a ouvir palavras como principal, fundamental, essencial, básico, importante, indispensável, necessário, primordial, capital, particular, etc., conforme a frase e as circunstâncias.