Agradeço muito que nos tenha escrito.
A mesma posição, quanto ao ceptro, já tinha sido expressa por mim na anterior resposta, mas só agora o companheiro nos escreveu, o que confirma a sua gentileza em ter correspondido ao meu pedido de ajuda feito ultimamente.
Esta dúvida que eu tinha e a sua informação confirmam algumas das minhas ideias.
. Como nunca me canso de repetir, na pronúncia não há critérios taxativos de correcto ou incorrecto. Cada comunidade escolarizada é soberana na linguagem com que se entende entre si. E se faz um bom uso das regras em vigor nessa comunidade, deve ser respeitada por outras comunidades da mesma língua que usem diferentes pronúncias.
2. A pronúncia das palavras aconselhada para Portugal nos dicionários actualizados é baseada na de Lisboa (pelo menos é aquilo que o da Academia 2001 indica como referência). Ora esta pronúncia deve ser sempre considerada com reservas, sem a tomar como padrão obrigatório para o país (e muito menos para o universo da língua).
3. Este último critério não obsta a que se conclua que os dicionários que desejam ser `uma referência na pronúncia´ deveriam indicar algumas variantes mais frequentes no país, para não induzir em erro. Por exemplo, para ovelha, o dicionário da Academia indica restritamente a pronúncia ¦vâ¦, quando Rebelo Gonçalves aceitava como legítimas: ¦vâ¦, ¦vâi¦ e |vê|...
Voltando ao Ceptro/cetro, esta palavra não está indicada com pronúncia do p em nenhum dos dicionários actuais (mas simplesmente ¦cetro¦), nem existe a variante ceptro no Brasil. Ora o companheiro diz que há comunidades que pronunciam o p. Nesta base, passo a aceitar a necessidade da dupla grafia e deixei, portanto, de lhe fazer objecções.
Ao seu dispor,