Papelão, ferro, madeira e chocolate são nomes não contáveis, também conhecidos por nomes massivos, ou seja, referem-se a conjuntos em que não é possível distinguir ou enumerar partes singulares e partes plurais.
Assim, estes nomes não designam uma parte singular, mas uma porção não especificada («de papelão, ferro, madeira e chocolate»), que pode ser quantificada de acordo com um certo padrão de medida («uma caixa», «um pacote», «uma resma», «uma tonelada», etc.).
Quando utilizamos estes nomes no plural, não se verifica uma oposição entre parte plural e parte singular, mas uma parte qualitativa desse conjunto, (ex.:«os chocolates suíços»; «as madeiras de pinho», etc.).
Os mesmos nomes podem ainda designar a matéria de que é feito um dado objecto, continuando a ser impossível enumerar partes singulares ou partes plurais dessa matéria (ex.: «uma caixa de madeira»; «uma mesa de ferro»; «um castelo de chocolate», etc.).
Conclui-se que, nas frases que indicou, a expressão «caixa de» é ambígua, pode indicar uma medida («de papelão», «de ferro», «de madeira» e «de chocolate»), ou um objecto (caixa) feito dessa mesma matéria. A mesma expressão pode ser desambiguada no contexto discursivo extralinguístico em que é expressa.