DÚVIDAS

As terminações em -são e -zão

Por que existem as terminações “são” e “zão” (como alazão, parmesão, confusão, faisão, ilusão entre outras) e que não pertencem à classe dos aumentativos?
Consultei alguns livros de português disponíveis e alguns professores de gramática que disseram não haver regras muito claras para isso e, quando existem, variam de acordo com as correntes de estudo da Língua Portuguesa.
Vocês têm a explicação do porquê elas terminam em “são” e “zão” e não são aumentativos?
Muito obrigada.

Resposta

Na língua portuguesa, há muitos aumentativos terminados com o sufixo -ão, como por exemplo solteirão, cadeirão, casacão, mas não é o único sufixo usado na formação dos aumentativos, visto que também há outros como: vivaço, corpanzil, povaréu, etc.
Há muitas outras palavras que terminam com o ditongo nasal ão sem conterem a ide[é]ia de aumentativo. São fruto de evoluções fonéticas que convergiram para este ditongo nasal.
Ilusão – provém da palavra latina 'illlusione' > 'illusione' > 'ilusion' > 'ilusiom' > ilusão.
Alazão – provém do árabe "al-hiçan".
Parmesão – tem origem no adjectivo italiano "parmegiano", que significa «de Parma».
Faisão – provém do grego 'phasianós', que chegou até nós por intermédio do vocábulo latino 'phasianu-'.
Conclusão:
Só os estudos etimológicos dos diferentes vocábulos poderão esclarecer as razões que determinaram a evolução das palavras terminadas em -ão.

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa