Nesta frase, o elemento ao exílio é complemento indirecto de foi condenado.
Para melhor compreender, aqui vai a análise desta oração devidamente explicada:
Camões – sujeito.
foi condenado – predicado.
ao exílio – complemento indirecto de foi condenado.
Para se compreender melhor, passemos esta oração para a voz activa:
Condenaram Camões ao exílio.
Sujeito – indeterminado. Não se determina a entidade que o condenou.
Complemente directo – Camões.
Complemento indirecto – ao exílio.
A acção de condenar teve início na entidade que condenou. O início deu-se no momento em que essa entidade começou a pensar em condenar. Essa entidade está indicada na linguagem pelo elemento chamado sujeito.
Depois de se iniciar, transmitiu-se directamente, isto é, sem qualquer intermediário, àquele ser chamado Camões. Por isso, na linguagem, o elemento que indica este ser, que é o substantivo Camões, chama-se complemento directo.
Mas a acção de condenar ainda não terminou. Só termina, quando Camões recebe, ou seja, quando sofre a condenação, indo para o exílio e lá ficando a receber o castigo.
Em conclusão: o elemento da linguagem ao exílio chama-se complemento indirecto de foi condenado, porque a acção de condenar não se transmitiu directamente da entidade que a praticou para o exílio, mas sim indirectamente, ou seja, por intermédio do ser chamado Camões, que na linguagem se denomina complemento directo.
Não sei se me fiz entender.