Tenho a mesma profissão que a consulente... e costumava ter o mesmo problema com esta palavra. Reconhecemos claramente que é estrangeiro o vocábulo “doping”, que por isso pede tratamento gráfico especial (aspas ou itálico). A nossa regra a respeito do emprego do hífen diz que este não se usa com anti- quando o elemento seguinte tem vida própria e começa por d, como “doping”. A eventual razão por que vemos tantas vezes a forma anti-doping prender-se-á com a sensação de estarmos a misturar um elemento de composição “português” com uma palavra estrangeira. Ora, acontece que o antepositivo de origem grega anti- é “nosso”, sim, mas também é dos anglófonos. Não devemos, portanto, querer usar o “nosso” anti- + o “doping” inglês, pelo que “antidoping” (tudo entre aspas ou em itálico) seria uma solução. Aquela por que tenho optado, sempre que tem sido possível, passa pela total aportuguesação do vocábulo na grafia antidopagem, forma utilizada já na designação do Conselho Nacional de Antidopagem e atestada em dicionários como, por exemplo, o Houaiss.