"Quando parou, andara dez quilómetros."
"Quando parou, havia andado dez quilómetros."
"Quando parou, tinha andado dez quilómetros."
Na primeira frase, a forma verbal "parou" encontra-se no pretérito perfeito simples do indicativo, na 3ª pessoa do singular; a forma verbal "andara" está no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo, na 3ª pessoa do singular, tempo que exprime a anterioridade em relação ao pretérito perfeito.
Nas frases seguintes, as formas verbais "havia andado" e "tinha andado" estão no pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo, 3ª pessoa do singular, exprimindo a mesma anterioridade relativamente ao tempo do verbo da oração anterior (parou). Aquele tempo composto forma-se com o auxiliar "ter" ou "haver" (tinha, havia - imperfeito do indicativo, 3ª pessoa singular) e com o particípio passado do verbo que se pretende conjugar (andado).
Em Portugal, na formação dos tempos compostos, utiliza-se com mais frequência, actualmente, o auxiliar "ter"; o auxiliar "haver" foi muito usado no português antigo, mas todos as formas de pretérito mais-que-perfeito (simples e compostas) estão correctas.