A forma é redundante, mas as redundâncias têm frequentemente a função de reforçar o sentido, de colorir a frase, de marcar conotações. Não são, por princípio erradas. Na poesia, então, a liberdade de utilizar o pleonasmo é ainda mais consentida.
O que se repete em «amo-te a ti» é o pronome pessoal, forma de complemento (directo, neste caso). As formas «amo-te a mim» ou amo-me a ti» são absurdas. As formas pleonásticas aceitáveis são «amo-me a mim» ou «amo-te a ti».