É verdade que o uso tem consagrado a «alternativa» como saída, solução. Essa imprecisão (não se trata propriamente dum erro) afirma-se cada vez mais como evolução semântica do termo. Não vejo razão para a contrariar.
A minha dúvida já foi objecto de resposta anterior, mas que não me esclareceu inteiramente.
É sabido que o espírito da língua nem sempre está de acordo com as implicações decorrentes da análise lógica em sentido estrito. Penso (mas não tenho a certeza) ser este o caso da utilização da palavra "alternativa" em certos contextos. Por exemplo, é frequente ouvirem-se expressões do tipo: "o caso é muito grave e a única alternativa é operar o doente". Ora, em frases deste género parece que não estamos perante alternativa nenhuma. Não há dois termos entre os quais possa escolher-se, como necessariamente decorreria do uso lógico do termo "alternativa". No nosso exemplo o doente tem que ser operado e ponto final. A única alternativa significa aqui que ele, afinal, não tem alternativa.
Todavia, embora logicamente incoerente, não me parece que frases deste tipo sejam linguisticamente incorrectas. Qual a Vossa opinião?
É verdade que o uso tem consagrado a «alternativa» como saída, solução. Essa imprecisão (não se trata propriamente dum erro) afirma-se cada vez mais como evolução semântica do termo. Não vejo razão para a contrariar.
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