Muito obrigado pela sua achega, prezado consulente, mas mantenho a convicção de que a forma “tiroióideu” que está registada no Dicionário de Termos Médicos (2005) da Porto Editora deve ser uma gralha, porque etimologicamente não se consegue explicar a sequência oiói. Se a forma de feminino é tiroideia (artéria tiroideia, cartilagem tiroideia, glândula tiroideia), como o próprio consulente escreve, por que razão há-de ter o masculino uma forma diferente no radical, ou seja, “tiroióid-”?
Quem consulte o Dicionário Houaiss verá que o elemento de composição correspondente ao radical em apreço é tiroid-. E o Vocabulário da Língua Portuguesa (1966), de Rebelo Gonçalves, consigna as formas -tireóide e -tiróide (esta última consagrada pelo uso) como sequências constituídas pelo elemento de composição -tir- e os sufixos -óide/ -eóide. Note, por último, que os nomes donde derivam estes adjectivos são tiróide e tireóide, e não “tiroióide”.