A designação de abstractos e concretos não se aplica aos adjectivos, mas sim aos substantivos ou nomes. Os concretos referem-se a seres que subsistem por si sós e são geralmente perceptíveis aos nossos sentidos (como José, gato, cadeira) e também todos quantos, apesar de pouco ou nada perceptíveis, têm existência independente (som, calor, fantasma, alma, Deus). Os abstractos não têm existência real fora dos objectos a que pertencem (estudo, coragem, alegria). Para os considerarmos temos de abstraí-los, é preciso que o nosso espírito lhes dê existência à parte. Cf. «Gramática de Português», de F. J. Martins Sequeira, §§ 106-107, Lisboa.