O acento fónico pode assinalar acentos que são ou não tónicos, segundo os vários aspectos em que o grupo fónico é realizado. Atende-se à intensidade do som, ao tom (mais grave/agudo), ao timbre (mais aberto/fechado), à duração.
Assim, num grupo fónico com acento, distingue-se:
Acento tónico (de maior intensidade do som duma sílaba na palavra), que caracteriza o tipo das palavras segundo a posição dessa sílaba: agudas, graves, esdrúxulas.
Acento de insistência [ex.: afectivo, como em miserável (duração e intensidade superior à normal na sílaba mi); ou intelectual, como em arbitrário (com altura e intensidade maior que a normal na sílaba ar)]. Exemplos da Nova Gramática do Português Contemporâneo. Note-se que os acentos de insistência podem até ter maior intensidade na palavra que o acento tónico, dependendo da ênfase que se lhes dá.
Designam-se por acentos gráficos os diacríticos (sinais) que mudam o timbre das vogais [de mais fechado para mais aberto, ex: acento agudo, grave, circunflexo (vírgula, àquele, têxtil)], servindo também para marcar a sílaba tónica nalguns casos que, sem eles, ela se deslocaria para outra sílaba (ex.: protótipo → prototipo, manhã → manha [manhã é um dos casos especiais em que o sinal de nasalação se comporta como um acento que marca a tónica, pois já não a marca, por exemplo, em manhãzinha]).
Repare-se nos significados distintos das designações acento tónico e acento gráfico (ex.: em àquele, o acento gráfico não marca a tónica; em virgem, o acento tónico está "puramente isento" de qualquer acento gráfico...).
Ao seu dispor,