DÚVIDAS

Abreviaturas nas cartas

Encontrei num manual de Português que não se abrevia Senhor ou Senhora na saudação inicial de uma carta e no endereço. Só se utilizam as abreviaturas Sr./Sra. seguidas do nome próprio. Gostaria de saber se esta informação está correcta, porque, em outros manuais, em exemplos de fórmulas de saudação inicial, esta regra não é respeitada.

Assim, na saudação de uma carta devo escrever:

«Exmo. Sr. João», ou «Exmo. Senhor João»?

Outra dúvida: uma carta de reclamação deve ser escrita na 1.ª pessoa ou
na 3.ª pessoa? É que já encontrei exemplos de cartas de reclamação escritas na 1.ª e outras na 3.ª

Muito obrigada!

Resposta

Independentemente daquilo que aparece registado nas várias opiniões sobre a língua, devemos escolher sempre a solução que nos parece mais sensata.

Ora as abreviaturas existem justamente para nos permitir reduzir a representação das palavras, sem que isso signifique desprimor para a pessoa a que se destinam. Só o que se exige é que, referidas a pessoas, sejam escritas com inicial maiúscula e obedeçam a certas regras.

Por exemplo, as abreviaturas de senhor, títulos profissionais, etc. não devem grafar-se isoladamente do nome a que se referem (ex.: “Sr. Eng. Castro”). Nos títulos ou no texto, se grafadas isoladamente, estas designações devem escrever-se por extenso (ex.: «digo ao senhor que», «peço ao Sr. engenheiro para».

Há, porém, casos em que a praxe recomenda que, mesmo acompanhadas do nome, a escrita se faça por extenso. Cito o caso de Professor, para «professor universitário», distinguindo de Prof., abreviatura geral de um docente (em exercício ou diplomado para exercer o magistério), ou o caso de Doutor, para quem tem o grau académico de doutor. O mesmo se diz quando a etiqueta impõe que a escrita seja toda por extenso, em casos especiais da entidade a quem se dirige a carta, o que convém averiguar sempre.

Ao seu dispor,

ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa