Independentemente daquilo que aparece registado nas várias opiniões sobre a língua, devemos escolher sempre a solução que nos parece mais sensata.
Ora as abreviaturas existem justamente para nos permitir reduzir a representação das palavras, sem que isso signifique desprimor para a pessoa a que se destinam. Só o que se exige é que, referidas a pessoas, sejam escritas com inicial maiúscula e obedeçam a certas regras.
Por exemplo, as abreviaturas de senhor, títulos profissionais, etc. não devem grafar-se isoladamente do nome a que se referem (ex.: “Sr. Eng. Castro”). Nos títulos ou no texto, se grafadas isoladamente, estas designações devem escrever-se por extenso (ex.: «digo ao senhor que», «peço ao Sr. engenheiro para».
Há, porém, casos em que a praxe recomenda que, mesmo acompanhadas do nome, a escrita se faça por extenso. Cito o caso de Professor, para «professor universitário», distinguindo de Prof., abreviatura geral de um docente (em exercício ou diplomado para exercer o magistério), ou o caso de Doutor, para quem tem o grau académico de doutor. O mesmo se diz quando a etiqueta impõe que a escrita seja toda por extenso, em casos especiais da entidade a quem se dirige a carta, o que convém averiguar sempre.