Por esta via, não é fácil apresentar os exemplos solicitados, já que isso obrigaria a transcrições algo longas.
Assim, opto por apresentar noções das figuras em causa, dando exemplos da sua utilização.
Abaixo-assinado designa uma petição assinada por várias pessoas. Exemplo de utilização: durante o salazarismo era vulgar recorrer a abaixo-assinados dirigidos ao Governo como forma de protesto contra actos do próprio Governo.
Edital designa um anúncio emanado de uma autoridade, dado a conhecer por afixação em certos lugares ou por publicação na imprensa. Exemplo de utilização: à porta dos tribunais há sempre editais.
Ofício, no sentido em causa, designa uma carta emanada de uma entidade oficial ou mesmo de entidade privada, desde que sobre um assunto de serviço e revestida de algum formalismo. Exemplo de utilização: a redacção de ofícios não obedece às mesmas regras estilísticas que a prosa de ficção.
Parecer designa uma opinião, em especial uma opinião dada por escrito e fundamentada. Exemplo de utilização: é vulgar recorrer a pareceres de professores de Direito para reforçar a argumentação dos advogados.
Petição é sinónimo de pedido, aplicando-se em especial a pedidos apresentados por escrito a entidades oficiais. Uma petição pode revestir a forma de abaixo-assinado, se for subscrita por várias pessoas. Na linguagem jurídica portuguesa, petição inicial é o nome da peça processual pela qual se desencadeia um processo cível (o que noutros tempos foi chamado libelo). Exemplo de utilização: o art. 52 da Constituição da República Portuguesa consagra o direito de petição a quaisquer órgãos de soberania e a quaisquer outras autoridades.
Requerimento é sinónimo de petição, mas envolve muitas vezes a ideia de observância de certa fórmula. Em Portugal é vulgar as repartições públicas divulgarem modelos de requerimentos, a fim de facilitar a tarefa dos cidadãos que têm de os apresentar.
Exemplo de utilização: antigamente, os requerimentos dirigidos às autoridades tinham de ser escritos em papel selado.