A pronúncia das palavras tem, normalmente, uma causa etimológica, mas não exclusivamente.
Nos casos que refere, há palavras terminadas em -ete com o som e fechado e outras com ele aberto, não podendo uniformizar-se a pronúncia dessa terminação.
Quando o componente -ete é um sufixo, ou é sentido como tal, tem o som fechado, independentemente de, originariamente, esse som ser aberto ou fechado: beberete (de beber + sufixo -ete), joguete (de jogo + sufixo -ete), palacete (de palácio + sufixo -ete), toalhete (de toalha + sufixo -ete), diabrete (de “diabro”, forma antiga de diabo + sufixo -ete), mas também sabonete (do fr. ‘savonnette’) e estilete (do fr. ‘stylet’). A palavra tapete é originária do latim ‘tapetem’ (do gr. ‘tapes, tapetos’), e o seu som é fechado.
Noutros casos, essa terminação tem o som aberto: carpete (do fr. ‘carpette’, do ingl. ‘carpet’), disquete (do fr. ‘disquette’), diabetes (do lat. ‘diabetes, ae’, do gr. ‘diabetes, ou’). A palavra sorvete não tem uniformidade de pronúncia. É originária do fr. ‘sorbet’, do turco ‘xerbet’, do ár. ‘xurba’.