A norma brasileira não condena essa pronúncia, porque no português brasileiro existe uma tendência generalizada para nasalar os aa que precedem m, nn ou nh (consoantes nasais). Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, Rio de Janeiro, Editora Lucerna, 2002, pág. 76) refere-se a este fenómeno:
«[...] soam muitas vezes como nasais as vogais seguidas de m, n e principalmente nh: cama, cana, banha, cena, fina, Antônio, unha.»1
Deve, portanto, aceitar-se que tramitação soe "trãmitação" no português brasileiro.
1 Em começo de palavra, a vogal representada pela letra e não nasaliza antes de consoante nasal: «[...] Sem nasalidade proferem-se as vogais desses e de vários outros vocábulos: emitir, emissário, eminente, energia, enaltecer, Enaldo, etc.» (ibidem).