A palavra nosso dever-se-á pronunciar "nóssu", [nɔsu] (cf. Priberam), tal como acontece, por exemplo, com posso, [pɔsu].
Sendo assim, o o tónico em análise será semiaberto, na linha do que é proposto por Cintra e Cunha, na Nova Gramática do Português Contemporâneo, p. 36.
Ainda de acordo com a referida gramática, no que diz respeito ao grau de abertura das vogais tónicas orais, a única considerada verdadeiramente aberta será o [a], como em «pá» ou «gato» (gátu). O [i] e o [u] são classificadas como fechadas, o [e] («medo», mêdu), o [ɐ] («cama») e o [o] («corro», côrru) como semifechadas, e o [ɛ] («pé»), juntamente com o já referenciado [ɔ], como semiabertas.
Valerá ainda a pena dizer que a utilização desta terminologia está intimamente relacionada com o movimento e consequente posição da língua no momento da pronúncia das respectivas vogais. Deste modo, o som [a] é considerado aberto por ser articulado com a língua mais baixa do que a posição de descanso; o [i] e o [u] são classificados como fechados por serem pronunciados com a língua elevada; o [ɐ] e o [o] são chamados semifechados pelo facto de se dizerem com a língua elevada, mas não tanto quanto na realização de [u], por exemplo; finalmente, o [ɛ] e o [ɔ] são considerados semiabertos por se pronunciarem com a língua abaixada, mas não tanto quanto na realização de [a]. (Fonte: Dicionário Houaiss.)