Os breves comentários que se seguem apoiam-se no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.
Mingachos
Topónimo com origem no plural do nome próprio Mingacho, usado como alcunha|apelido. Sobre este nome, Machado sugere três hipóteses sem optar por nenhuma:
a) derivado do substantivo comum mingacho, «espécie de cabaço com água em que se conservam vivos os peixes de água doce» ou «espécie de rede»;
b) «alusão ao nome de repovoadar medieval: Mem Cacho, Mem Gato ou semelhante»;
c) o italiano Minguacio.
Diga-se que Machado não esclarece a origem do nome italiano nem lhe atribui entrada.
Papanata
Não atestado.
Quatro Águas
Não atestado, mas, sobre Quatro, Machado assinala: «ocorre em diversos topónimos, de que não me ocuparei especialmente, porque todos me parecem com origem e significações diferentes». Pode, contudo, imaginar-se que Quatro Águas tenha surgido inicialmente como designação de lugar onde havia quatro fontes, nascentes ou cursos de água.
Fiscal
Além da Lousã, este topónimo surge também em Amares (Braga) e na província de Ourense (Galiza); é também nome de uma ilha na baía de Guanabara (Brasil). Machado dá conta de Fiscal se encontrar atestado em documentos da primeira metade do século XII como S. Michael de Fiscal, mas nada mais consegue adiantar: «Qual a origem dos topónimos peninsulares?», pergunta.
Vilarinho
Tem origem no diminutivo de substantivo comum vilar, «parte de vila, que foi concedida pelo proprietário a clientes ou a servos para exploração agrícola». É topónimo frequente em Portugal e na Galiza.