O Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa (vol. II, Lisboa, Livros Horizonte, 1987), de José Pedro Machado, dá-nos os seguintes esclarecimentos sobre a origem (e a evolução) dos nomes próprios apresentados pelo consulente:
— Merufe (topónimo de Monsão) é uma variante «do topónimo Marufe (de Viana do Castelo) – cuja origem parece remeter para Marulfi (villa), genitivo do antropónimo Marulfo, de origem germânica, de Mahaswulfs», ou de um germânico Mer-ulfus, como propõe Piel.
Em 1258, tem a forma de Meruffi (Inquisitiones, in Portugaliae Monumenta Historica, pp. 372 e 375), mas em Scriptores (in P. M. H.) ocorre já com a forma atual – Merufe.
— Merim (topónimo de Monsão, Ponte de Lima; com a forma Merín, na Galiza) deriva «de Merini (villa), genitivo do antropónimo Merinus (em 1028, em Diplomata et Chartae, p. 163)».
— O topónimo Merlim ou Merelim (de Braga; com a forma Merlin, na Galiza) é de origem obscura. Coloca-se a hipótese de derivar de Merlim ou estar mesmo relacionado com o nome Merellus, provavelmente de origem germânica.