Trata-se da tradução da expressão francesa "cheval de guerre" (quando o "cheval de guerre" dos membros da nobreza era o mais aparatosa e ricamente ajaezado para a guerra, com uma pompa especial até para se afirmar dos demais cavalos). A expressão substantivou-se, pelo que a sua grafia é hoje hifenizada.
«Actualmente – escreveu Orlando Neves, no seu Dicionário de Expressões Correntes (Editorial Notícias, Lisboa, 1999) –, a expressão vem adquirindo um certo sentido pejorativo que lhe diminui o valor inicial [argumento de peso, habitualmente repetido].»
«No jargão teatral – lê-se, por sua vez, no Dicionário de Provérbios e Curiosidades, de R. Magalhães Junior (Editora Cultrix, São Paulo, Brasil, 1955) –, é o grande papel, a criação artística que celebrizou um ator ou uma atriz. "A Dama das Camélias" era o "cavalo-de-batalha" de Sarah Bernhardt. "A Dama do Mar", o de Eleonora Duse. "Pega Fogo” ("Poil de Carotte") é o de Cacilda Becker. "Deus Lhe Pague" é o de Procópio Ferreira.»