O verbo fingir é regular, só que a grafia do radical varia para estar conforme as regras da ortografia. Escrever "fingo", em vez de finjo, que é a forma correta, levaria a violar os princípios da correspondência entre grafemas e segmentos fónicos do português. Refira-se que, a respeito destes casos, Celso Cunha e Lindley Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1984, pág. 411/412), falam em discordâncias gráficas, que não devem ser confundidas com irregularidade verbal, porque «visam apenas a indicar-lhes a uniformidade de pronúncia dentro das convenções do nosso sistema de escrita».