Uma dissertação alia fundamentalmente as características de dois protótipos textuais, o argumentativo e o expositivo-explicativo. O primeiro protótipo define-se pela expressão de um ponto de vista susceptível de gerar controvérsia, enquanto o segundo se destina a apresentar análises e sínteses de representações conceptuais, com o fim de expor e explicar alguma matéria (cf. nova terminologia linguística portuguesa – TLEBS).
O Dicionário Prático para o Estudo do Português (Porto, Edições ASA, 2003) expõe sucintamente a estrutura de uma dissertação:
«Na dissertação predomina o discurso de orientação argumentativa e, consequentemente, o sistema temporal do presente. A dissertação obriga a uma planificação rigorosa, onde haja uma introdução sobre o assunto a tratar e a perspectiva do seu tratamento, um desenvolvimento progressivo onde se problematizem questões ligadas ao tema, associando-as ou refutando-as, e uma conclusão, onde se possa concluir do facto novo a que se chegou.»