No Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, registam-se as formas lágida, que é adjectivo e substantivo dos dois géneros, e Lágidas, patronímico masculino plural. A palavra é adjectivo, varia em número, mas não em género, e escreve-se com minúscula em «os reis lágidas», «a dinastia lágida» e «a casa real lágida». É substantivo e escreve-se com maiúscula em «os Lágidas», expressão que designa a «última dinastia do Egipto, a 31.ª (305-30 a. C.), tb. conhecida por dinastia dos Ptolomeus, e que tira o nome do pai do 1.º rei, Ptolomeu I Soter, que se chamava Lagos, lugar-tenente de Alexandre» (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, Lisboa, Editorial Verbo).
Note que o sufixo -ida é, segundo o Dicionário Houaiss, «formação simétrica de -ido [...] na acepção geral de "filho de, oriundo de, provindo de, descendente de", da terminologia histórica (mítica, mitológica) e das fisiociências». Por sua vez, -ido é de origem grega, transmitido por intermédio do latim científico (idem): «[...] tem uma acp. genérica de "filho de, oriundo de, descendente de, provindo de", us. tanto em biologia (zoologia, botânica), como na terminologia de várias outras ciências (provém, na maioria dos casos, da singularização, no masc., de neutros plurais em -ida ou da marcação desinencial masc. típica em -o de subst. e adjetivos de 2g. em -ĭda — homínido, p. ex.»