A frase aparece como «Um signo é algo que representa algo para alguém sob algum prisma» no artigo relativo a C. S. Peirce no Dicionário de Termos Literários, de Massaud Moisés. Trata-se de uma definição que decorre da (complexa) teoria do signo concebida pelo referido pensador. Transcrevemos uma curta passagem do verbete do termo signo, da autoria de Latuf Isaias Mucci, no E-Dicionário de Termos Literários, disponível em http://www2.fcsh.unl.pt/edtl/S.htm:
«De acordo com Peirce, signo é algo que substitui algo, para alguém, em certa medida e para certos efeitos; define-se como “qualquer coisa que conduz alguma outra coisa (seu interpretante) a referir-se a um objeto ao qual ela mesma se refere (seu objeto), de modo idêntico, transformando-se o interpretante, por sua vez, em signo, e assim sucessivamente, ad infinitum”. É de se notar que o termo “interpretante” refere, na nomenclatura semiótica peirceana, o signo equivalente que se cria na mente da pessoa a quem o signo se dirige. A cadeia infinita de signos revela, então, o traço que permite caracterizar o ser humano como um incansável produtor de signos, presentes em todas as civilizações e culturas, até porque, ocorrendo no seio de um grupo social, o signo é um fato culturalizado. Não terá fim a capacidade semiótica do homo significans. Por conseguinte, o significado de um signo é um outro signo.»