Só encontrámos o registo das abreviaturas/reduções da palavra análise — anál. (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, 2009; Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Porto Editora, 2009) — e das expressões análise(s) clínica(s) — anál. clín. — e análise matemática — anál. mat. (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, 2009).
No entanto, tal como já foi aqui dito, e apesar de não haver uma abreviatura consagrada para analista, cumpre-nos assinalar que qualquer palavra pode ser abreviada. Basta, para isso, seguir-se as regras das abreviaturas. Assim — e tendo como referência uma resposta sobre o tema —, é frequente usar-se as primeiras letras da palavra abreviada (exemplo = ex.; professor = Prof.), assim como as últimas letras, em expoente (ex.: professora = Prof.ª ou prof.ª).
Na sequência do que tem sido indicado, aconselha-se o uso do ponto1 nas abreviaturas e, quando há letras em expoente, coloca-se o ponto imediatamente antes dessas letras. Portanto, poder-se-á propor a forma anal.ª como uma abreviatura possível para analista, usando-se a última letra da palavra [analista] em expoente [anal.ª], de modo a tornar mais evidente a diferença da abreviatura em relação a análise.
1 Sobre isto, Cunha e Cintra, no capítulo dedicado à pontuação, e mais especificamente no âmbito do ponto, nas Observações, afirmam: «Além de servir para marcar uma pausa longa, o ponto tem outra utilidade. É o sinal que se emprega depois de qualquer palavra escrita abreviadamente. Assim: V. S.ª (Vossa Senhoria), Dr. (Doutor), C. F. C. (Conselho Federal de Cultura), I. N. I. C. (Instituto Nacional de Investigação Científica). Note-se que, se a palavra assim reduzida estiver no fim do período, este encerra-se com o ponto abreviativo, pois não se coloca outro ponto depois dele» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 647).