Vasco Graça Moura - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Vasco Graça Moura
Vasco Graça Moura
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Escritor, poeta e tradutor português, natural do Porto (1942-2014). Foi presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses. Com vasta obra publicada, tanto no ensaio, como na poesia e no romance, é ainda autor de muitas e renomadas traduções. Paralelamente, desenvolveu uma ampla intervenção pública como comentador e analista político.

 
Textos publicados pelo autor
Acordo Ortográfico: <br> O resto (2)

Recapitulemos mais uma série de pontos altamente questionáveis do Acordo Ortográfico:

Foi entretanto escamoteada a necessidade de elaboração de um vocabulário ortográfico (também no tocante à terminologia científica), prévio à entrada em vigor do Acordo, tal como se exigira em 1990 e em 1994.

É deficiente o corpus de 110 000 palavras tomado como base, uma vez que só o Dicionário Houaiss comporta cerca de 228 000.

Acordo Ortográfico: <br> O ridículo (1)

Em Junho de 1986, 20 professores do Departamento de Linguística da Faculdade de Letras de Lisboa propuseram a renegociação do Acordo Ortográfico em conclusão da posição crítica que sobre ele tomaram.

O texto de 1990 mantém quase todos os vícios que tinham levado a essa tomada de posição. Vejamos alguns, recorrendo quanto possível às expressões usadas nesse documento.

O Acordo e as evidências
«A grafia transporta informação etimológica e cultural»

«A unidade e a diversidade da língua portuguesa não passam pela questão ortográfica; por exemplo, em relação ao Brasil, o que nos separa mais profundamente é o léxico, a pronúncia, a prosódia, a morfossintaxe. [Por isso,] a ortografia é totalmente irrelevante», considera neste artigo* o escritor e poeta Vasco Graça Moura (1942-2014), contraditando o artigo** Uma língua, uma ortografia*, da autoria do constitucionalista Vital Moreira

 * in « Diário de Notícias, de 26/12/ 2007

** in jornal Público, do dia  18 /12/2007 

O <i>Expresso</i> e o Acordo Ortográfico

O editorial do Expresso de 1 de Dezembro estranha aquilo a que chama a minha defesa do proteccionismo como modelo, no tocante ao Acordo Ortográfico. E, face ao lead que o encima, terei de ver a minha posição displicentemente catalogada nos "nacionalismos balofos".

Caro professor de Português


Se perguntar alguma coisa ao Ministério da Educação quanto à vigência ou não vigência da TLEBS, de certeza que ninguém lhe dará uma resposta concreta... Está-se perante uma perniciosa pescadinha de rabo na boca. A TLEBS está em vigor, não estando. Ou não está em vigor, estando. Ontem, ia ser suspensa. Hoje, parece que só vai ser suspensa para o próximo ano lectivo e se pretende aplicá-la no que resta do ano corrente, não obstante as suas muitas e reconhecidas deficiências.