Textos publicados pela autora
As expressões «logo que possível», «tão cedo quanto possível», «o mais cedo possível»
Pergunta: Diz-se «tão logo quanto possível» ou «tão logo quando possível»?Resposta: Emprega-se quanto – «tão logo quanto possível» – na expressão em causa, a qual é de correção discutível, pois parece tradução literal do inglês «as soon as possible». Esta estrutura inglesa apresenta a locução «as soon as» equivalente a «logo que» (cf. dicionário inglês-português da Infopédia). São, portanto, preferíveis outras formulações, como «logo que possível» ou «assim que...
Orientativo e orientador
Pergunta: Em meu trabalho ouvi um comentário com uma palavra que estranhei: "orientativo". No contexto, achei que orientador era o mais adequado.
Fiquei curiosa e procurei por essa palavra em diversos dicionários, a começar na academia de letras brasileira e de Lisboa, tampouco encontrei. Todavia, deparei-me no Google com diversos documentos oficiais que utilizam esse termo.
Existe? Está correto?
Obrigada pelo auxílio.Resposta: Orientativo é um adjetivo que se encontra...
Demonstrativos e próclise
Pergunta: Gostava de agradecer-vos pelo vosso excelente trabalho. Estou imensamente agradecida.
A minha pergunta é: qual é a posição dos pronomes de complementos com os pronomes isso, isto? «Isso me encanta», «Isso encanta-me», «Isto me ofende imensamente, Maria!»
Desde já agradeço a vossa ajuda. Resposta: Em português de Portugal, as construções com pronomes demonstrativos, como isto, isso, aquilo, não obrigam...
A expressão «produzir efeito(s)»
Pergunta: Habitualmente vê-se a redação «Entrada em vigor e produção de efeitos», sobretudo, em legislação. Contudo, já li que algo produz/produziu efeito numa determinada data, ou seja, a palavra efeito e não efeitos (no singular e não no plural).
Deste modo, gostaria de perceber qual a forma correta (ou, até, se ambas estão corretas).
Obrigada.Resposta: De facto, é comum encontrar-se em textos de ordem jurídica efeito...
«Greve ao trabalho suplementar» e «greve de fome»
Pergunta: Porque se diz «greve ao trabalho [suplementar]» mas não «greve à comida» ou «à produtividade» e sim de fome ou de zelo? Ou ao contrário, porquê ao trabalho e não de horário laboral?Resposta: O uso da preposiçáo prende-se com o tipo de greve de que se fala, isto é, quando se trata da área de atividade em que se faz greve, então a preposição é a, se, por outro lado, se se tratar da maneira como se faz essa greve, então será de. De resto, a própria semântica do termo...
