Mais um caso da separação indevida da terminação -mos numa forma verbal da 1.ª pessoa do plural – "fique-mo-nos, em vez de fiquemo-nos –, neste apontamento do consultor Paulo J. S. Barata.
Paulo J. S. Barata é consultor do Ciberdúvidas. Licenciado em História, mestre em Estudos Portugueses Interdisciplinares. Tem os cursos de especialização em Ciências Documentais (opção Biblioteca e Documentação) e de especialização em Ciências Documentais (opção Arquivo). É autor de trabalhos nas áreas da Biblioteconomia, da Arquivística e da História do Livro e das Bibliotecas. Foi bibliotecário, arquivista e editor. É atualmente técnico superior na Biblioteca Nacional de Portugal.
Mais um caso da separação indevida da terminação -mos numa forma verbal da 1.ª pessoa do plural – "fique-mo-nos, em vez de fiquemo-nos –, neste apontamento do consultor Paulo J. S. Barata.
Estou a fazer um trabalho académico, e tenho uma dúvida acerca do modelo correto para a Secção Bibliográfica.
Para ser mais prático:
Tenho um nome (Henry David Thoreau), e título (Walden): costumo escrever Thoreau, Henry David, Walden.
Mas, agora, surgiu uma coletânea, com as suas citações. Posso escrever Thoreau, Henry David, The Quotable Thoreau...?
A minha dúvida é que esse livro, embora seja com citações de Thoreau, é editado (com autorização) das várias obras de Thoreau.
Muito obrigado.
O ideal é sempre ver a obra, a página de rosto, designadamente os destaques tipográficos, a ficha técnica, o pé-de-imprensa, o cólofon, o índice e a própria estrutura e conteúdo. Ajuda também ver as capas, as contracapas e as descrições bibliográficas disponíveis na Internet, designadamente as do site da editora, e também e sobretudo as existentes em bases de dados bibliográficas credíveis, como é o caso da Biblioteca do Congresso, preferencialmente as do país de origem do livro.
Consultando tudo isso relativamente ao caso em apreço parece-nos claro poder considerar-se que se trata de uma obra de Henry David Thoreau, editada por Jeffrey S. Cramer, que reuniu citações daquele, as organizou e publicou sob a forma de livro, antecedidas de uma introdução. A ser assim, não há, pois, dúvidas, de que o autor da obra é Henry David Thoreau e Jeffrey S. Cramer é aquilo a que se chama o editor intelectual. Thoreau é, pois, o autor, já que é dele a responsabilidade intelectual principal, e Cramer é o organizador, o compilador, pois tem uma responsabilidade intelectual secundária, sobretudo de compilar, selecionar e organizar os conteúdos do primeiro. Por este conjunto de razões ambos deverão ser mencionados na referência bibliográfica, mas em posições diferentes na sua estrutura.
Posto isto, a referência bibliográfica, seguindo a NP 4051, deverá ser:
Thoreau, Henry David (2011) – The quotable Thoreau
«Ir a campo» é a expressão comentada pelo consultor Paulo J. S. Barata, que a relaciona com usos futebolísticos e académicos.
Perante a ação política de vários pastores evangélicos ultraconservadores em Portugal, fala-se em conspiritualidade e conspiracionismo, termos a que o consultor Paulo J. S. Barata dedica este apontamento.
O consultor do Ciberdúvidas Paulo J. S. Barata explora, neste texto, a etimologia e o significado de filocriatividade e perguntologia, além de discutir brevemente a sua plausibilidade e aplicabilidade.
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