Pergunta:
As expressões «ordem de prioridade» e «ordem de prioridades» podem ser utilizadas indiscriminadamente, ou há situações em que se deve usar uma expressão e não a outra?
Resposta:
Embora, na ausência de um contexto de uso concreto, seja um tanto difícil estabelecer a diferenciação entre as duas estruturas em causa, elas divergem, de fa{#c|}to, num ponto fundamental: o uso do singular (prioridade), que remete para uma única entidade, ou o uso do plural (prioridades), que remete para um conjunto de entidades.
Partindo do princípio de que o termo ordem, nas expressões em causa, designa «sucessão» ou «seriação», obtemos dois resultados diferentes conforme seja usado o singular ou o plural. Assim, em «ordem de prioridade», estamos a assumir a existência de uma única prioridade, em relação à qual os diferentes elementos vão ser ordenados. Tomando um exemplo concreto, o do atendimento ao público numa repartição, no caso de haver «ordem de prioridade», são as pessoas que vão ser organizadas de acordo com um único critério — a prioridade — que poderá ser a hora de chegada.
Já no caso de «ordem de prioridades», devido ao uso do plural, a interpretação preferencial parece ser aquela em que o que está a ser «seriado» ou organizado são as diversas prioridades em si mesmas e não os elementos que lhes correspondem. Ou seja, tomando o exemplo acima referido, colocam-se por ordem vários critérios — as prioridades —: ordem de chegada, idade, condição física, urgência da situação etc.