Textos publicados pelo autor
Vendem-se, mais uma vez
Pergunta: Quando usa-se o termo "vendem-se apartamentos", com o se como particula apassivadora, o objeto direto «äpartamentos» não transforma-se no sujeito, vendendo a si mesmo? Como é possível?Resposta: Há duas maneiras de formar a voz passiva: com um verbo, geralmente ser (são vendidos apartamentos); e com a partícula apassivante ou apassivadora se (vendem-se apartamentos), em que vendem-se = são vendidos.
Emprega-se...
Nome comum/concreto
Pergunta: Qual a verdadeira diferença entre o conceito de nome comum e o conceito de nome concreto, a transmitir a um nível de 7º ano de escolaridade?Resposta: O nome (ou substantivo) comum indica qualquer ser, real ou não real, pertencente a uma espécie: homem, papel, animal, alma, bondade, beleza, etc. Opõe-se a nome próprio, o que designa determinado ser - aquele e não outro. Indica um ser em particular. Ex.: Pedro, Lisboa, Portugal, Deus, Europa, Tejo. Isto é, o nome próprio não é comum a...
Vá lá, outra vez
Pergunta: A propósito da resposta que deu sob o título "Vá lá", parece-me interessante o seguinte: muitos emigrantes portugueses daqui e doutras terras francófonas dizem frequentemente, a título de exclamação, "vá lá". Por um pequeno inquérito que fiz concluí que a sua intenção é "aportuguesar" a exclamação "voilà", muito usual em diversas circunstâncias. Ora, na minha juventude, dizia-se "vá lá" como se diria "do mal o menos".
Será que se está a dar uma evolução semântica influenciada pelos emigrantes?
Ou será...
Anos sessenta, de novo
Se não estou em erro, a denominação anos sessentas usa-se modernamente no Brasil. É um tanto raro ouvir-se em Portugal. Julgo, pois, que transitou do Brasil para Portugal. Eis alguns comentários: 1. - O aposto é um continuado. Chama-se mesmo aposto ou continuado. É continuado, porque nele se encontra continuada a significação do elemento fundamental. Talvez seja preferível chamar-lhe determinante, porque sessentas...
