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Textos publicados pelo autor

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"Plafonar" e "plafonamento"

Pergunta: A propósito do debate sobre a reforma da Segurança Social em Portugal, apareceu (escrita) uma nova palavra, no mínimo estrambólica: «Plafonar»/«plafonamento» (a cinco salários; ou: plafonara pensão por repartição significa estabelecer um limite...). O aborto, é óbvio, vem do vocábulo inglês "plafond" e foi empregue por um dos responsáveis da dita reforma (Correia de Campos) e por um dos seus economistas Augusto Santos Silva, por sinal no mesmo jornal, o matutino "Público". Que diz disto o...

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Ter pena de

Pergunta: O António Jorge Branco, das excelentes «estórias» à roda da parvónia, confessa que "tem pena de que". Eu acho que ele, apenas, tem pena (lamenta) que. Nenhum dos dois, obviamente, "pensa de que", mas ele está na sua de achar que pode "ter pena de que", enquanto eu, francamente, considero que o «de», depois da pena e antes do que, está a mais. Haverá escafandrista da língua que nos valha?Resposta: O correcto é ter pena de que. Vejamos a seguinte frase: a) Tenho pena de que não venhas...

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Bem hajam

Pergunta: A saudação tradicional «bem hajam» está correcta? Que significa? Não deveria ser antes «bem haja» para o singular e para o plural? O verbo haver, além dos casos em que se emprega como auxiliar, significando ter, tem outras excepções em que se emprega também no plural? Está correcto dizer-se que o verbo haver umas vezes significa ter e outras existir?Resposta: Bem hajam não é uma forma de saudação, mas uma forma de agradecimento equivalente a muito obrigado/a: «Bem...

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Amanhã compro um livro

Pergunta: Agradeço que me confirmem se existe uma excepção à regra de passar o discurso directo para o indirecto, vertendo o verbo no presente para o pretérito perfeito e para o condicional, como por exemplo: discurso directo: fala de José - «-Amanhã compro um livro.». Discurso indirecto: «José disse que compraria um livro amanhã». Excepção: como a acção ainda se não esgotou, posso escrever: «José disse que vai comprar um livro amanhã.»?Resposta: Esta frase podemo-la pôr no discurso indirecto das seguintes formas, subordinadas...

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Aquele carro está à minha retaguarda

Pergunta: É ou não correcto afirmar «Aquele carro está à minha trás»? Todos sabemos que afirmar «Aquele carro está atrás de mim» é correcto e geralmente utilizado, mas tal como se usa «Aquele carro está à minha frente» em vez de «Aquele carro está à frente de mim», será que também podemos usar «Aquele carro está à minha trás»?Resposta: "Aquele carro está à minha atrás" não é uma frase, porque o elemento trás não é um substantivo. Por isso nem sequer pode ser antecedido de um determinante. Não é uma frase, é uma...
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