João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
João Alferes Gonçalves (1944 — 2023)
João Alferes Gonçalves (1944 — 2023)
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Jornalista português, falecido no dia 3 de agosto de 2023, com 79 anos de idade. Foi um dos jornalistas mais completos da sua geração, com um  diversificado percurso profissional, tanto na imprensa escrita como na rádio e  na televisão — nomeadamente na Rádio Renascença, onde se iniciou ainda antes do 25 de Abril de 1974, no jornal "O Diário" e como formador no Centro de Formação da RTP, integrando a equipa que desenvolveu um Prontuário Fonético para a rádio e a televisão públicas portuguesas. Foi um  do criadores do site do Clube de Jornalistas, seu responsável editorial durante 30 anos, tendo exercido, também, a moderação do respetivo espaço de debate televisivo na RTP 2Cultor do idioma nacional, João Alferes Gonçalves foi um esmerado colaborador do Ciberdúvidas, tendo assinado vários apontamentos sobre a escrita e a locução jornalística nos media portugueses.

 
Textos publicados pelo autor
Ignorância à solta <br> com o verbo <i>vencer</i>

 

O que em cima se ilustra é mais uma variante da ignorância relativa ao verbo vencer.

Depois da asneira «vencer a» (como em Sporting venceu ao Benfica) aparece agora o aborto «venceu-lhe».

Com este conhecimento da língua, não admira que o estilo esteja em consonância: «agarrar os telespectadores"

Um comentador desportivo da BBC foi despedido por ter levado a sua «criatividade» longe demais. Durante o relato de um desafio de futebol na Radio Manchester (BBC), Chris Price disse que a defesa de uma das equipas tinha «mais buracos que um avião espanhol». Choveram protestos dos ouvintes, Price foi obrigado a pedir desculpa e a BBC mandou-o exercitar a sua criatividade à procura de um novo emprego. (...)

Chove sobre a gramática

 

 

O Instituto de Meteorologia português  previu que distrito se escreve com c antes do segundo t e falhou estrondosamente.

Prevêem-se outras borrascas se o trabalho de edição do sítio de quem nos fala do bom e do mau tempo não for entregue a quem saiba minimamente de gramática…

O

Mais um exemplo da interminável cadeia de erros de português do "Público". A imagem reproduz um título da edição electrónica, mas isso não dá direito a redução de pena, muito menos a descriminação. Este é um dos casos que não suscita dúvidas:

discriminar é tratar de forma desigual;

descriminar é sinónimo de descriminalizar, que signifca «absolver do crime imputado, justificar, legalizar».

Iliteracia à solta
 

  

O que dizer de quem (no “Público”) escreve “expectador”, em vez de espectador? E de quem (ibidem) não sabe que o pronome quem só se usa para pessoas? Ou, pior ainda, de quem ainda escreve (no “Correio da Manhã”) “interviu”, em vez de interveio? Iliteracia à solta...