Textos publicados pela autora
Quem + 3.ª pessoa singular
Pergunta: Diz-se «O capitão e os marinheiros foram quem quis...», ou «... foram quem quiseram»?Resposta: A forma correta é «O capitão e os marinheiros foram quem quis», pois, quando o sujeito é o pronome relativo quem, a frase «constrói-se, de regra, com o verbo na 3.ª pessoa do singular» (Cunha e Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, Sá da Costa, 2002, p. 499)....
A crase em dos
Pergunta: Dos pertence à classe dos determinantes, ou das preposições?Resposta: A gramática tradicional classifica dos (de + os) como contração da preposição de com o artigo defiinido os.
A atual terminologia linguística, indicada no Dicionário Terminológico, na área da Linguística Descritiva, designa esse fenómeno como crase («contração ou fusão de duas vogais numa só», sendo uma vogal de uma preposição – a ou de – e outra de um artigo, de um determinante...
Natal, nome e adjetivo
Pergunta: Natal é nome próprio, ou comum?Resposta: Natal – do latim natale-, «de nascimento, natal» (Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado) – pode ter, pelo menos, três classificações na classe de palavras:
1. adjetivo usado para designar «relativo ao nascimento; onde se nasceu». Exemplos: «Eu não vivo na minha terra natal.» «O seu país natal não é o da sua nacionalidade.»
2. nome/substantivo comum...
O sujeito pós-verbal em «desapareceu a mala»
Pergunta: Na frase «Desapareceu a mala da D. Lurdes», qual a função sintática de «a mala»?Resposta: Nessa frase, o sujeito está em posição pós-verbal, decerto porque o seu autor quis privilegiar a ação do desaparecimento, pondo-a em destaque, colocando posteriormente quem/o que desapareceu.
Se se inverter os constituintes da frase, esta ficará do seguinte modo:
«A mala da D. Lurdes desapareceu.»
Portanto, não há dúvida de que o sujeito é o sintagma nominal «a mala da D. Luísa», sendo «da D. Luísa» o complemento...
