Aldo Bizzocchi - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Aldo Bizzocchi
Aldo Bizzocchi
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Linguista brasileiro, é doutor em Linguística pela USP, pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental e Anatomia da Cultura . Faz ainda parte dos grupos de pesquisa Semiótica, Leitura e Produção de Textos (SELEPROT) e Morfologia Histórica do Português (GMHP), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Também é poeta e tradutor (ver sítio pessoal e blogue associado à revista brasileira Língua Portuguesa).

 
Textos publicados pelo autor
A intérprete da pronúncia
Os sotaques do Brasil na voz de Elis Regina (1945-1982)

«Brincava com a voz, cantava rindo, chorando, resmungando, imitando vozes e sotaques, da impostação à la Ângela Maria ao caipirês de Renato Teixeira e ao bexiguês de Adoniran Barbosa. Da dicção afetada das socialites ao timbre rouco de Louis Armstrong, tudo era pretexto para um malabarismo melódico-rítmico-fonético. Elis explorou como poucos as potencialidades da voz e fala humanas ao cantar. Mas, além das vozes e sotaques que simulava, tinha sua própria pronúncia, que evoluiu ao longo da carreira, confirmando o traço camaleônico de sua personalidade.» — escreve* o linguista Aldo Bizzochi nesta evocação da cantora brasileira Elis Regina (1945-1982), que, além do talento musical, mostrava uma admirável flexibilidade na apropriação de traços regionais  do português do Brasil.

Publicação do blogue Diário de um Linguista em 19 de março de 2021.

As muitas faces (linguísticas) da mulher
Nas línguas românicas e germânicas

«O italiano donna provém do latim domina, “senhora, mulher casada, dona da casa” (e, posteriormente, “dona de casa”), e tem, portanto, a mesma etimologia que o português dona.» Esta e outras relações etimológicas das palavras que, em diferentes línguas românicas e germânicas, se usam para designar uma mulher constituem o tema deste apontamento do linguista Aldo Bizzocchi.

Publicação do autor no seu blogue Diário de um Linguista, em 8 de março de 2021.

O parque de diversões da língua
Trocadilhos e jogos linguísticos do Brasil

«Brincamos com as palavras como uma criança brinca com uma bola ou um pião: não para atingir um objetivo através do brinquedo, mas o brinquedo é o objetivo, o fim em si. Como diria Rubem Alves, quem brinca não quer ir a lugar nenhum, quem brinca já chegou.» O linguista brasileiro Aldo Bizzochi reflete sobre exemplos de como é fácil brincar e fazer partidas com a língua.

Apontamento publicado na página Língua e Tradição, no Facebook, em 1 de março de 2021.

Os impasses da etimologia: o caso de <i>fidalgo</i>
A urgência de um novo dicionário etimológico para o português

«Um dos grandes entraves à pesquisa etimológica de cunho científico é a larga tradição que temos no exercício de uma etimologia “achista”, feita por gramáticos e dicionaristas que pouco ou nada sabem da verdadeira ciência etimológica.» Esta tese é sustentada pelo linguista  brasileiro Aldo Bizzochi, ilustrada através do exemplo da palavra fidalgo.

Artigo publicado no blogue Diário de um Linguista em 23 de fevereiro de 2021.

Entre o Céu e o Inferno
Etimologia e visões religiosas

«Em termos da nossa tradição judaico-cristã, há uma Terra, um Céu e um Inferno (o Cristianismo considera uma quarta instância, o Purgatório)» – diz o linguista Aldo Bizzocchi num apontamento dedicado à etimologia não só das palavras céu e inferno em português mas também dos termos correspondentes noutras línguas.

Artigo publicado no blogue Diário de um Linguista em 2 de fevereiro de 2021.