Nas Breves do Expresso de 24 de novembro de 2012 (Primeiro Caderno, p. 11) diz-se:
«AUTÁRQUICAS — Isabel Magalhães, independente, ex-bastonária de Jorge Sampaio em Cascais e ex-vereadora da oposição (eleita nas listas do CDS) no mandato de José Luís Judas, vai candidatar-se a Cascais.»
Na verdade, o que se queria dizer era ex-mandatária, isto é, ex-representante ou ex-delegada da candidatura presidencial de Jorge Sampaio no concelho de Cascais, e não ex-bastonária, que é o título do responsável máximo de uma ordem profissional, como a Ordem dos Advogados ou a Ordem dos Médicos. Bastaria ter interrogado a etimologia para percecionar a implausibilidade semântica daquele termo naquele caso. É que o bastonário (do latim medieval bastonarĭu-) detém o bastão, ou seja, o símbolo da autoridade e do poder, de que são exemplos maiores o cetro real e o báculo episcopal, e o mandatário (do latim mandatarĭu-) tem o mandato ou a procuração para agir em nome de outrem.