«Carros incendiados, correria, tanques pelas ruas, polícias e criminosos de metralhadora em punho. O Rio de Janeiro passou a semana como cenário de um filme de ação, em clima de guerra civil, sob o ataque de fações criminosas. […] Uma adolescente de 14 anos, que estava em casa em frente do computador, morreu com um tiro no peito, atingida por uma bala perdida. Quando se imaginava que a violência iria recrudescer, aumentou.»
A pérola, assinalada a amarelo, saiu no principal jornal português, o semanário Expresso [de 27 de Novembro de 2010], num texto assinado pela correspondente em São Paulo. Diz tudo de como se escreve — pior: se deixa escrever —, hoje, na imprensa portuguesa. E é o resultado de terem acabado, em praticamente todos os jornais do país, com quem, diligente e anonimamente, “podava” este défice do português mais básico no meio jornalístico.