Segundo informou o Diário de Notícias, Joana Marques Vidal, a procuradora-geral da República portuguesa, interviu «de forma clara» no polémico caso de adoção das crianças pela IURD. Até pode ser que nada se lhe possa mesmo assacar quando, ao tempo, exercia as funções de coordenação dos magistrados do Ministério Público no Tribunal de Família e Menores. Aquele interviu é que não é nada claro. É, aliás, tão obscuro que nem existe – embora se tenha transformado há muito num completo mistério como consegue na sua inexistência aparecer tantas vezes às claras nos media em língua portuguesa...
Que oiçamos vezes sem conta a forma errada do verbo intervir, ainda vá-que-não-vá, há ali uma simpatia imediata com o verbo ver… Escarrapachada, porém, num jornal considerado de referência e que já contou nos seus quadros excelentes revisores de imprensa, custa, oh se custa!...
Pela enésima vez neste espaço, relembramos a regra que é bem simples: sendo um composto de vir, seguirá o seu progenitor na conjugação verbal – neste caso, o pretérito perfeito, na 3.ª pessoa do singular, interveio:
eu |
intervim |
|
|
tu |
intervieste |
|
|
ele/ela |
interveio |
|
|
nós |
interviemos |
|
|
vós |
interviestes |
|
|
eles/elas |
intervieram |