Pelourinho - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Pelourinho Mau uso da língua no espaço público
Registos críticos de maus usos da língua no espaço público.
Monumento público com dois erros estruturais graves

Nunca será de mais falar em regência preposicional. Tal como *ninguém necessita uma coisa, nem se *tem a certeza uma coisa, também *ninguém é alvo uma coisa (os asteriscos assinalam a agramaticalidade da construção). Neste cartaz pretende-se dizer que «o castelo foi alvo de transformações»; não foi *alvo transformações. (...)

Ninguém *«tem a certeza uma coisa» <br>nem *«necessita uma coisa»...

Define-se regência como «a relação necessária entre duas palavras ou entre duas orações, em que uma determina a forma da outra. Contrariamente à concordância, a regência implica uma relação de dependência entre elementos, uma relação de interdependência de um regido relativamente a um regente». (...)

Porquê

«(...) Foi preso em Itália um cidadão algeriano, suspeito de ter forjado os documentos (...)»

Cristina EstevesTelejornal, RTP 1, 27/03/2016

Um encontrão...  frontal

«(...) O presidente da República diz que já tem praticamente tomada a decisão sobre o Orçamento de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa adianta que vai de encontro ao que já conhecia do documento. (...)»

Cristina Esteves, Telejornal, RTP 1, 26/03/2016

um erro crasso... com chancela governamental" class="img-adjust">

«Se é alérgico ou intolerante a alguma das substâncias a seguir descriminadas e tem dúvidas se esta foi utilizada na preparação/confeção do que pretende consumir (...)»

 

A AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), juntamente com o Governo de Portugal, distribuiu, junto de cafés e restaurantes, informações sobre alimentos que podem provocar alergias ou intolerâncias.

Com a colaboração do Governo de Portugal, estes cartazes, que se encontram publicamente afixados em casas de alimentação do país, apresentam um erro frequente em língua portuguesa. É a dissimilação. (...)

«

«Lembro-me que, quando era pequena, colecionava fotografias de vários aviões de combate, enquanto as outras meninas colecionavam bonecas! Acabei por desistir da escola muito cedo. estudei mais tarde, afim de obter a minha licença de piloto.»

"Mélanie Astles [...] 'O meu lugar é no meio das nuvens'", Metro, 4/03/2016

A presença feminina no Red Bull Air Race é novidade, demonstrando que os altos voos não são propriedade exclusiva dos homens. E a entrevistada, Mélanie Astles, surge descontraída a falar da sua paixão, pilotar aviões, remontando à sua infância para a explicar e afirmando que «O meu lugar é no meio das nuvens». O sonho de pilotar um jato foi posto de parte, apelidado mesmo de impossível, apesar de Mélanie ser uma mulher de armas, cingindo-se, por isso, aos aviões antigos e desportivos que lhe transmitem sensações de medo, prazer e desafio. (...)

<i>Contacto</i>, e não

«Dirija-se à caixa automática para pagamento ou contato com a EMEL».

Um destes dias, no parque de estacionamento junto à estação de Metro de Entrecampos, em Lisboa, dei com o aviso da EMEL, cujo texto se reproduz acima. (...)

<i>Aquela</i> ou <i>àquela</i>?

«Pelo que li, Jorge Ferreira está de consciência tranquila quanto
aquela arbitragem que fez no jogo Paços [de] Ferreira-Benfica.»
A Bola, 26 de fevereiro de 2016, p. 43.

Não é «aquela arbitragem» mas «àquela arbitragem». (...)

assessor?" class="img-adjust">

  «Antes de ser acessor de Cavaco, David Justino foi ministro da Educação de Durão Barroso.»
Público, 14/02/2016, p. 9.

Se o jornalista que legendou a imagem já tivesse sido assessor de imprensa, por certo não escreveria "acessor"…

Falava-se de exames, de ensino, de retenções, de dificuldades em língua portuguesa, da necessidade de ditados para conhecer e fixar a grafia, e eis senão quando aparece a legenda: «A partir do momento em que acaba o ciclo dos primeiros quatro anos, ou o aluno sabe, ou vai andar cocho» ("Princípio da Incerteza", RTP3, 13-02-2015), (...)