Controvérsias - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Controvérsias Ensino
Polémicas em torno de questões linguísticas.
Se desprezarmos a Memória, bastará uma acendalha e o fogo será devastador
O imperativo de não esquecer a 2.ª Guerra Mundial e o Holocausto

Um texto da professora Maria do Carmo Vieira, que tece críticas às alterações curriculares do sistema de ensino em Portugal que têm, na sua opinião, levado a afastar os jovens do contacto com as memórias e as lições da 2.ª Guerra Mundial e do Holocausto.

Na imagem, aspeto atual da entrada do antigo campo de concentração (campo I) de Auschwitz, na qual se pode ler em alemão o lema Arbeit macht frei, ou seja, «o trabalho liberta» (fonte: Unsplash).

 

Juízo final

«(...) Os métodos de classificação [dos exames dos 9.º e 12.º anos, em Portugal] – que este ano tiveram a lamentável novidade de uma supervisão online, geradora, a meu ver, de um distanciamento maior entre classificadores e de um efeito de obediência muito musculado – são distintos entre docentes, ainda que se tente criar a sensação de que, perante cenários ou exemplos de resposta, descritores de níveis de desempenho e uma mesma resposta de um aluno, a pontuação atribuída por um número invariável de docentes possa ser infalivelmente a mesma. Não é. Em Português não é, nem pode ser. (...)»

[António Jacinto Pascoal, "Público", 31/08/2016]

Uma reflexão sobre o acto de ensinar

«(...) Com a enxurrada de questões inócuas de gramática e exercícios de audição que infantilizam e tornam artificial o próprio acto de ouvir (não percebem que os adolescentes acham ridículo semelhantes práticas de ensino?), e de escrever, este tipo de provas fere de morte o ensino do português (...)», escrevo autor neste artigo-reflexão sobre os resultados das provas de aferição de Português para 8.º ano de escolaridade, em Portugal.

[in de 10 de agosto de 2016, com o título "Provas de aferição: para uma reflexão sobre o acto de ensinar".]

«A forma como o Português é ensinado <br> é escandalosa»
Contra «a realidade menor» da literatura

Nesta entrevista* à jornalista Alexandra Lucas Coelho o poeta, escritor, tradutor e ex-ministro Vasco Graça Moura (1942-2014diz que se estivesse no lugar de ministro da Educação teria tentado suspender os programas de Português, propondo acções correctoras para os próximos três anos e sugere que professores de literatura preparem entretanto um programa alternativo.

* in jornal "Público", de 1 de fevereiro de 2004. Texto escrito segundo a norma ortográfica de 1945.