Casualmente, veio parar-me à mão o nome de Raul Minh’Alma, jovem escritor português nascido em 1992, em Marco de Canaveses, que, com os seus anos primaveris, já publicou três ou quatro títulos, distribuídos por ficção e poesia.
Congratulo-me, claramente, com o interesse que a literatura desperta numa geração que generalizadamente (porventura, erradamente…) pensamos demasiado ligada à Internet, sobretudo às redes sociais.
Ao consultar os títulos da sua obra, surgiu Desculpe Mãe, livro de poemas com edição de autor, em 2011.
É, pois, o título que, pela sua posição de indiscutível destaque, solicita a nossa particular atenção. No caso vertente, ostenta um erro de palmatória que deveria ter sido evitado: a falta da vírgula obrigatória antes do vocativo Mãe.
Se os revisores ainda fizessem parte essencial da vida das editoras, este e outros casos semelhantes com que nos confrontamos demasiadas vezes dificilmente aconteceriam. Mas as editoras, sucumbindo na sua maioria à crise económica instalada no setor, fizeram cortes orçamentais que levaram fatalmente ao decréscimo de um elemento importantíssimo na vida editorial, que é o revisor. Nem o nobel José Saramago, com domínio superlativo da língua, prescindiu alguma vez da sua revisora para lhe aparar os livros que foi publicando em vida!...