«(...) se de facto o consórcio vencedor falhar ou incumprir com um que seja dos objetivos estratégicos, ou com um que seja dos elementos dos objetivos financeiros, reverte imediatamente o negócio com toda a capitalização que já está lá feita [na TAP]. Ou seja, [basta] se amanhã for incumprido um dos /áitems/ [do contrato] (...)»
[Miguel Pinto Luz, secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, no programa "Prós e Contras", RTP1, 16/11/2015]
É um velho (mau) hábito este da pronunciação em inglês de palavras e expressões de origem latina, enraizadas no tempo na língua portuguesa. Por regra, quem o faz até é quem menos o devia fazer, como é o caso: um governante... português. Os que, como ele, vão repetindo os "áitems"*, os "mídia", os "mobailes", os "saine dai" e os "saine qua non", nem dão conta do que revela, afinal, esse permanente alardear do domínio do inglês: um aflitivo défice de conhecimento da sua própria língua.
* Nem o i de item é /ai/, nem o plural é "items", mas itens. Como, de resto qualquer palavra portuguesa terminada em -m: bagagem, bagagens; desordem, desordens; homem, homens; jovem, jovens; ordem, ordens; refém, reféns; tubagem, tubagens; viagem, viagens; etc., etc., etc.