Metaphors we live by (Metáforas do dia-a-dia ou Metáforas da vida quotidiana), de George Lakoff e Mark Johnson, é uma obra pioneira ao descrever o nosso sistema conceptual, no processo de captação da realidade circundante, como largamente metafórico. E a metáfora de guerra é uma das mais visadas neste trabalho, dado que, recorrentemente, ela é posta em cena na configuração de qualquer acção de confronto.
«A narrativa sobre os conflitos no Rio [de Janeiro] revela-se uma grande metáfora de guerra», afirma Regina Borges, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). De facto, palavras e expressões como território, batalha, herói, ataque, táctica, louros povoam as declarações dos militares, imediatamente absorvidas pelos relatos dos jornalistas. Mas será mesmo de uma metáfora que se trata? Será que a realidade vivida não configura já, sem transferências metafóricas, uma guerra?
Isabel Trancoso, professora do Instituto Superior Técnico, do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, com trabalho de relevo no âmbito da produção de ferramentas e recursos para a língua portuguesa, acaba de ser nomeada fellow pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE).
Muvuca das Palavras é o título da exposição levada a cabo pelo Museu Wolfgang Weege (Santa Catarina, Brasil), constituída por 16 painéis de exemplos de palavras de origem africana presentes na língua portuguesa.
O programa Língua de Todos de sexta-feira, 3 de Dezembro (às 13h15* na RDP África, com repetição no dia seguinte, às 9h15* e disponível em podacast), é dedicado ao ensino do português no espaço lusófono, na abordagem de Ana Maria Mão-de-Ferro Martinho, professora da Universidade Nova de Lisboa e especialista em literaturas africanas da língua comum.
Na emissão do Páginas de Português de domingo, 5 de Novembro (às 17h00*, na Antena 2, disponível também em podcast) está em foco o inglês, que, mesmo nas chamadas ciências humanas, é cada vez mais convocado no mundo académico e na investigação. Como valorizar e viabilizar a língua portuguesa como língua de ciência? Uma reflexão com Carlos Fionhais, professor de Física da Universidade de Coimbra. E também com Dulce Maria Scott, professora na Universidade de Anderson, nos Estados Unidos, sobre a unidade e a diversidade da língua portuguesa. Tempo, ainda, para a revelação da carta premiada, do mês de Novembro, na rubrica Uma Carta É Uma Alegria da Terra, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal.