«Eu sou contra este acordo, mas sou ainda mais contra os que estão contra (...). É uma reacção reaccionária», afirma o escritor angolano Pepetela. Em boa verdade, a polémica do Acordo Ortográfico já se arrasta há tanto tempo, que quem não entrou em militâncias gostaria que o assunto caísse, definitivamente, ou para o lado do não, ou para o lado do sim. Daí o repto: Acorda, Acordo, ou dorme para sempre!
Não é nova a tendência de absorver vorazmente palavras importadas. Se hoje são anglicismos, no passado foram galicismos: Ignorância e mau saber?
No programa Língua de Todos (RDP África, dia 30, 13h15*, com repetição no dia seguinte, às 9h15*, também disponível em podcast): porque é precariedade, e não "precaridade", como tantos sindicalistas (e governantes, e jornalistas) teimam em dizer? E, ainda, a forma correcta de outra palavra muito maltratada: flexissegurança.
No Páginas de Português (Antena 2, dia 1, 17h00*, também disponível em podcast): uma viagem à volta das palavras e expressões da simbologia do Dia do Trabalhador: emprego, jornada, trabalho, salário, competitividade, part-time, flexissegurança, associativismo, sindicato, precariedade, deslocalização, globalização, greve. Destaque, também, para o apontamento Uma Carta é uma Alegria da Terra, em colaboração como os CTT, Correios de Portugal.
No 73.º programa do magazine Cuidado com a Língua! (RTP 1, dia 3, 21h20*, repetido nos demais canais da televisão pública portuguesa e também disponível em podcast), Diogo Infante experimenta o divã do psicanalista Carlos Amaral Dias, porque anda, ultimamente, um pouco angustiado… Ou estará, antes, ansioso? Porquê a expressão noites em claro? E porque não se devem confundir as manias e as fobias, nem a hipnose com o hipnotismo?