O insulto é socialmente incorreto, mas não deixa de ser bem ilustrativo de como a palavra pode ser ação. Nestes tempos conturbados, que o diga Abel Barros Batista, professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que, numa crónica publicada na revista Ler, Livros & Leitores e transcrita em O Nosso Idioma, faz, com certa ironia, a seguinte consideração, talvez para choque dos adeptos de palavras meigas:
«Insultar é por vezes exigido pela indignação e pela dignidade ou pela satisfação de mandar uns canalhas à tábua, como disse Fernando Assis Pacheco, todas motivo legítimo. E para isso tem de haver liberdade!»
E que liberdade temos nós para formar novas palavras como aprendibilidade e "ciclistar"? É este um dos pontos em debate nas perguntas deste dia, que, como sempre, abrangem igualmente problemas de sintaxe e morfologia.
Na emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, 30 de novembro (na RDP África, às 13h15; com repetição no dia seguinte às 9h15), fala-se de como a vocação marítima de Portugal se refletiu na língua. Outros assuntos abordados: uma campanha de segurança rodoviária é publicidade? E qual é a forma correta: «os homens vão construir», ou «os homens irão construir»?
Nota: O Língua de Todos fica interrompido desde esta data, tal como o programa Páginas de Português, transmitido pela Antena 2, aos domingos.
* Hora de Portugal continental.
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