Faleceu Óscar Lopes (1917-2013), professor universitário português que se distinguiu sobretudo nos estudos literários e linguísticos. Autor com António José Saraiva da conhecida História da Literatura Portuguesa, Óscar Lopes soube estar atento a novas maneiras de concetualizar e descrever a língua, que culminaram num trabalho pioneiro, a Gramática Simbólica do Português (Fundação Calouste Gulbenkian, Centro de Investigação Pedagógica, 1971). No legado da sua investigação linguística, pode dizer-se que convergem «o extraordinário vínculo afectivo do autor pela língua materna de que descobre as idiossincrasias e, por outro lado, a grande lição de complexidade e de exigência reflexiva que tem como ponto de partida as particularidades e o aparentemente simples» (Sónia Valente Rodrigues). Sobre esta figura notável da cultura de Portugal, mais informação aqui.
Está aberto, até 11 de abril, o período de inscrições para novos cursos de português língua estrangeira, níveis A1, A2 e B1 (do Quadro Comum Europeu de Referência para as línguas) a cargo da Ciberescola da Língua Portuguesa, em parceria com o Instituto de Línguas da Universidade Lusófona do Porto.
Os cursos têm lugar integralmente a distância. Os materiais das aulas são publicados na plataforma da Ciberescola (com recurso a áudios, vídeos, textos e exercícios interativos), e a interação em tempo real com o professor (45 h) é feita por webmeeting. O número mínimo de inscrições é de 14 alunos, no total, mesmo que distribuídos por níveis diferentes. Isto faz com que o grupo de alunos em cada sessão seja sempre reduzido – com claras vantagens do ponto de vista didático.
Todas as demais informações podem ser consultadas aqui.
Em Portugal, certos órgãos da comunicação social insistem em dizer ou escrever «o Chipre». Como já aqui explicámos, Chipre e outros nomes (p.ex., Marrocos, Moçambique, Andorra, Israel, Castela e o próprio nome Portugal) constituem um conjunto apreciável de exceções à regra de uso dos nomes geográficos, em especial, os de países e regiões, com artigo definido («o Brasil», «a Alemanha», «o Japão», «a Índia»; cf. Celso Cunha e Lindley Cintra, Nova Gramática do Português Contemporâneo, 1984, págs. 228/229). A propósito deste tema, o Pelourinho disponibiliza um apontamento que o tradutor Miguel Magalhães viu publicado em 23/03/2003 na rubrica "Cartas à Directora" do jornal Público.
Estes e outros conteúdos do Ciberdúvidas encontram-se igualmente disponíveis no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).
Entretanto, durante o período de Páscoa, o consultório do Ciberdúvidas faz uma pausa. Regressamos no dia 2 de abril.
O 10.º programa da 8.ª série do Cuidado com a Língua! (RTP 1, segunda-feira, dia 25 de março, às 22h57)*, propõe uma viagem guiada por Pedro Mestre, tocador e grande divulgador da viola campaniça, pelo precioso acervo do Museu da Música Portuguesa, no Monte Estoril. E qual a razão de se chamar campaniça? E no Brasil? E a diferença entre viola («a» e «o» viola), violão e violeiro? E descantar o que significa na gíria musical? E trastes? Falar-se-á, ainda, do mau uso da expressão «por defeito», e porquê.
* Na RTP 1, repetição aos domingos, às 11h00 (hora de Portugal continental). Também, na RTP Internacional e na RTP Internacional Ásia, aos sábados, às 19h45, na RTP África, aos domingos, às 11h00, na RTP Internacional América, às sextas, às 4h45, na RTP Mobile, às segundas, às 22h30 (hora de Portugal continental).
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