Realizou-se em 22 e 23 de outubro p.p., em Macau, o colóquio Entre a desmistificação e a utopia: Indagação sobre as lusofonias, uma iniciativa da Universidade de São José com o objetivo de discutir, entre outros temas, o da definição de políticas linguísticas. Neste âmbito, o debate "Políticas de Lusofonia, políticas de língua" foi pontuado de declarações que constituem chamadas à realidade e a mais trabalho. Assim:
– Inocência Mata, especialista em Estudos Pós-Coloniais e professora na Universidade de Macau (UM), considerou que o português vive uma situação paradoxal nos países africanos de língua oficial portuguesa, porque, gerando exclusão (nem todos os cidadãos falam o idioma), é simultaneamente fator de identidade nacional; sublinhou ainda a diferenciação do estatuto da língua portuguesa em cada país africano, a qual «deverá ditar políticas de língua diferentes».
– A respeito do ensino do português na China, a intervenção de Maria José Grosso, docente do Departamento de Português da UM, alertou para o «baixo nível de proficiência dos professores» que não o têm como língua materna e para os métodos de ensino usados no território, que «já são considerados pouco motivantes» e que «muitas vezes têm que ver com a representação que esse professor tem do que é aprender uma língua».
Das novas respostas entradas no consultório, salientam-se as que têm por tópicos a história da expressão latina et cetera, o significado do regionalismo empalear e um uso do plural direções que é, afinal, um anglicismo.
Uma chamada de atenção para o programa de rádio Língua de Todos, que vai para o ar na sexta-feira, 24/10/2014 (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia seguinte depois do noticiário das 9h00*). No Páginas de Português de domingo, 26/10/2014 (às 17h00* na Antena 2), entrevista-se Pilar del Río, a propósito da publicação do livro Alabardas, alabardas, romance inacabado de José Saramago (1922-2010).
* Hora oficial de Portugal continental, ficando também disponível via Internet, nos endereços de ambos os programas.
Na Ciberescola da Língua Portuguesa e nos Cibercursos, alunos e professores têm livre acesso a recursos para o ensino-aprendizagem do português (língua materna e língua não materna). Mais pormenores, incluindo informação acerca de aulas individuais para estudantes estrangeiros (Portuguese as a Foreign Language), estão disponíveis na página respetiva, no Facebook e na rubrica Ensino.
SOS Ciberdúvidas é uma campanha da iniciativa de alguns consulentes, de apoio aos custos do serviço, gracioso e sem fins lucrativos, que aqui se presta. A eles e quantos os acompanhem na generosidade, apresentamos os nossos agradecimentos.