Que o português tem línguas irmãs, já se sabia, assim como se conhecia o parentesco com o russo, o arménio ou o híndi, já que se trata da mesma família linguística, a indo-europeia. Mas há quem proponha um supergrupo linguístico a abranger a família do finlandês ou do húngaro, a do turco ou do azerbaijanês, a do tâmil, e outras mais, da Sibéria ao Alasca. Tal é a hipótese de uma equipa de cientistas britânicos e neozelandeses, que pressupõem todas estas línguas terem palavras comuns que mudaram muito pouco, como as que significam «eu», «nós», «homem», «mãe», «casca», «verme» e «espetar». Não se pense, porém, que a ideia de um supergrupo de línguas é nova: nos anos 60 do século passado, linguistas da antiga União Soviética falavam de uma superfamília, o nostrático.
No programa Língua de Todos de sexta-feira, 10 de maio, na RDP África (depois do noticiário das 16h00*; com repetição ao sábado, às 9h00*), entrevista-se Fernando Egídio Reis, responsável da Direção-Geral de Educação do Ministério da Educação e Ciência (MEC) de Portugal, para falar da experiência-piloto que envolve a Ciberescola, projeto associado ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, e que tem como alvo os alunos de Português Língua não Materna. No Páginas de Português de domingo, 12 de maio, na Antena 2, às 17h00, a relação da língua portuguesa com a aprendizagem da Matemática nas escolas é tema de uma conversa com a linguista Deolinda Correia.
* Hora oficial de Portugal continental.
Tópicos da nova atualização do consultório: o termo bolhão, usado em numismática; o significado do adjetivo ortógrado; a etimologia da palavra tipografia; e o uso da conjunção condicional se em frases exclamativas.