Escrever sem erros ortográficos é um desafio; corrigir os erros dos outros é uma missão...
Estas formulações deixam ver que o atropelo ortográfico se banalizou, a ponto de, no portal educativo Educare, alguém se ter sentido impelido a pôr ordem nesta deriva.
Fala-se em desleixo, desamor e desrespeito pela língua portuguesa, que no erro ortográfico encontra um primeiro e mais evidente sintoma.
Levando em consideração o sucesso de publicações sobre regras de uso imediato da língua, como, por exemplo, o do livro SOS da Língua Portuguesa, que já vai na 4.ª edição, não se pode falar só em desinteresse generalizado. Afinal, quem gosta de ver um erro seu ser sublinhado a vermelho por outrem, seja em que circunstância for?
Há indícios, portanto, de que as causas desta situação podem não ser só de ordem atitudinal, mas também estrutural, tomando a dianteira a má escolarização prolongada e a ausência de hábitos de leitura.
O atavismo em matéria de disfunção gráfica contrasta com a contínua aceleração da evolução tecnológica: o Google Translator passa a oferecer a sonorização dos resultados da tradução automática, através de sintetizador de voz. A ferramenta está disponível para várias línguas, entre elas o português.
No programa Língua de Todos (RDP África, dia 14, 13h15*, com repetição no dia seguinte, às 9h15*) estarão em foco os novos instrumentos de apoio ao ensino do português, numa conversa com o professor José Moura de Carvalho.
*Hora de Portugal continental.