O futuro não é risonho para as chamadas línguas minoritárias. Pense-se no mirandês, o vernáculo da Terra de Miranda, em Portugal: no século XIX, estimava-se que era falado por cerca de 15 000 pessoas; hoje, os falantes são cerca de metade, ao que parece, todos bilíngues. E, no entanto, nas últimas décadas, é provável que nunca se tenha publicado tanto em mirandês (Os Lusíadas estão traduzidos) nem se tenha feito tanto pela promoção da cultura associada a esta língua asturo-leonesa. Tal é o balanço de uma reportagem, da autoria de Rosa Ramos e publicada no jornal i em 16/2/2013, com a qual a rubrica Diversidades lembra também que o património linguístico de Portugal não se limita ao português. Mais informação sobre o mirandês aqui.
No consultório, entre outras destrinças, definem-se os significados de iniciático, de rosa-de-toucar e da locução «como tal». Estas e mais respostas, com todos os textos em arquivo, estão acessíveis no Facebook e numa aplicação para smartphones (com o apoio da Fundação Vodafone).
Ainda a propósito da Terra de Miranda, nunca é de mais assinalar o contributo fundamental de Michel Giacometti (1929-1990) para o conhecimento da música tradicional transmontana no contexto etnomusicológico de Portugal. Por isso, refira-se que o número de fevereiro da revista Blimunda, da Fundação José Saramago, rende homenagem a esta figura ímpar, cujo acervo, acrescente-se, está disponível no Centro de Música Tradicional Sons da Terra, da responsabilidade do musicólogo Mário Correia, na vila de Sendim (ou Sandin em mirandês), aberto a investigadores e ao público em geral.
Outro tema abordado na Blimunda, com incidência para o futuro do português, do mirandês ou de qualquer outra língua: o livro digital.
Como já referimos, o programa de aprendizagem colaborativa (tandem learning), promovido pela Ciberescola/Cibercursos da Língua Portuguesa, tem tido bom acolhimento, mas quer expandir-se e precisa de falantes do português (de qualquer país de língua oficial portuguesa) interessados em aprender russo, romeno, alemão e sueco. A este programa somam-se recursos diversificados para aprender o português ou aperfeiçoá-lo: materiais de aprendizagem, testes-diagnóstico, cursos e outras iniciativas. Veja a nossa equipa aqui.
Visando manter a prestação deste serviço de modo gratuito e sem fins lucrativos, prossegue a campanha SOS Ciberdúvidas, criada em setembro de 2012 por grupo de amigos. Para participar neste movimento, peça mais informação pelo endereço apoioaociberduvidas@gmail.com.
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