DÚVIDAS

Cônsul-geral

Inequivocamente as palavras cônsul-geral e Consulado-geral grafam-se com hífen. Mas, porque insistentemente, mesmo em sítios oficiais, estas duas palavras aparecem escritas como palavras autónomas, gostaria que me esclarecessem se tenho ou não razão, para que eu possa esclarecer alguns diplomatas que apesar de avisados insistem em deixar a Língua Portuguesa ao critério de cada freguês, apesar de nos seus discursos jurarem a pés juntos que a promovem e defendem.

Resposta

O Dicionário Houaiss dá-lhe razão, registando com hífen cônsul-geral («cônsul que serve na embaixada do seu país, geralmente situada na capital ou na cidade mais importante de outro país, ou o que tem jurisdição em vários lugares ou sobre outros cônsules») e consulado-geral («local onde exerce as suas funções o cônsul-geral»). Acrescenta o mesmo dicionário que consul- é um elemento de composição antepositivo, do latim 'consul, ulis' (que significa «cônsul, denominação dos dois primeiros magistrados da república romana»), que ocorre em vocábulos já originalmente latinos, já formados à sua feição, atestados desde o século XIV, como: cônsul, consulado, consulado-geral, consulagem, consular, consularidade, consulesa, cônsul-geral, procônsul, proconsulado, proconsular, vice-cônsul, vice-consulado, vice-consular.

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